quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ninguém é quem queria ser



Não se fala de outra coisa: Renato Seabra e o Cronista Carlos Castro.
Eu acho que os média (ou a mídia) está a fazer com que Carlos Castro pareça um pedófilo que arrastou um jovem incauto e iludido com ele. A verdade é que isso realmente pode ter acontecido mas não me venham com histórias da carochinha que foi apenas o homem de 60 e tal anos a arrastar uma pobre criança para o "terrível mundo da homossexualidade". Renato Seabra já não é uma criança, tem cerca de vinte e um anos pelo que li. Apesar de não o conhecer, acredito que realmente ele estava com Carlos Castro pois ele era conhecido internacionalmente. Como é já sabido, Seabra aspirava a uma carreira de modelo e a fama e influência do cronista eram realmente tentadoras. Carlos Castro pode ter sido um homem que realmente não fez o melhor ao namorar um modelo de vinte e um anos, mas acredito que caso fosse uma rapariga as coisas seriam vistas diferentes pelos média. Outra coisa também que me choca:
" Já não sou homossexual. "
Meus caros leitores e amigos que estejam a ler isto, esta afirmação choca-me. Dizem que foi uma das frases que Renato Seabra disse a Carlos Castro quando tiveram uma discussão no dia do crime. Essa única frase, se foi realmente dita, mostra a mentalidade do jovem modelo. Ele põe as coisas de modo que a homossexualidade seja uma escolha, uma escolha que se faz e se desfaz quando o acordo deixa de ser útil. Eu acho que é provável que Seabra tenha entrado naquela relação com o intuito de se tornar famoso - pois por alguma razão todos os jovens hoje em dia querem ser famosos, não me levem a mal pois eu não sou hipócrita. Eu também queria ser conhecida por causa da fotografia. Apenas há maneiras e maneiras de o conseguir, e a verdade é que ser um rapaz homossexual de vinte e um anos, aspirante a modelo e namorado de um cronista de 60 e tal anos conhecido internacionalmente que te levará ao outro lado do mundo só para fazer as tuas vontades é realmente uma excelente maneira de ser lançado para esse mundo de tablóides.

Como, diria Manuel Cruz, "ninguém é quem queria ser".

1 comentário:

  1. Concordo com o que escreveste.
    E independentemente de quem estava com quem por interesse, cada vez acho mais que o que está por detrás deste crime horrível é uma sexualidade muito mal resolvida. Isto é um crime de ódio!

    E no meio de esta história toda o que ainda me choca mais é as pessoas terem empatia por ele... Por favor, ele não se limitou a matar uma pessoa, ele torturou-a!!!

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